sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ato público em defesa do Instituto de Saúde Mental de Brasília

Nesta última quinta-feira (19/2), em frente ao Instituto de Saúde Mental - ISM, foi realizado um Ato Público em defesa daquela unidade de saúde, tendo como principal reivindicação uma política pública de qualidade para a saúde mental do DF. A manifestação teve grande repercussão na mídia local, se extendendo para outros locais do DF. Como atividade paralela, no mesmo horário, foi realizada uma blitz dos Conselhos Distrital de Saúde, de Direitos Humanos do DF e outros órgãos e entidades que atuam nesta área. Os organizadores do manifesto alertaram ainda que o ISM está atendendo a demanda encaminhada de diferentes instâncias da Justiça, mas que infelizmente o ISM não está preparado para mais esta assistência. “Não somos contra o tratamento psiquiátrico dos egressos de sistema penitenciário, consideramos que eles fazem juz a este direito, mas discordamos que este tratamento seja dado nas atuais instalações do Instituto de Saúde Mental”, afirma Michel Pladini membro do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência do DF e Entorno. Os organizadores do manifesto argumentaram ainda que o ISM não atende a comunidade do DF como deveria, pois há filas de espera de 6 meses.

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Entidades envolvidas no ato: ADGE (Associação das Pessoas com Deficiência do Gama e Entorno), CODDEDE-DF, AMA-DF (Associação dos Amigos dos Autistas), APDERF (Associação das pessoas com Deficiência do Riacho Fundo I e II), FAPED (Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência do DF e Entorno), Movimento Orgulho Autista Brasil, Conselho de Segurança e Saúde do Riacho Fundo I, ASSIM (Associação dos Amigos da Saúde Mental), AME (Amigos da Mente), etc.

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Mais informações:
WWW.faped.org faped@faped.org (61) 8533-9001 / (61) 8141-3113 – Michel Platini ou Ana Cristina (61) 8419-2751.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Curso de Atualização em Psicopatologia

A Associação Psiquiatrica de Brasília informa que estão abertas as inscrições para participação do CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PSICOPATOLOGIA, a ser realizado nos dias 28 de março, 25 de abril, 09 de maio, 27 de junho, 25 de julho, 29 de agosto, 26 de setembro, 24 de outubro, 28 de novembro - sempre aos sábados - no horário das 9h às 18horas. O Curso está estruturado no formato de 9 módulos de 8horas cada. Tem como público alvo: Médicos, psicólogos e assistentes socias. Alunos de graduação de medicina e psicologia.

Informações: APB r - Associação Psiquiátrica de Brasília
End.: SGAS 910, Conjunto B, Bloco E, sala 138
- Asa Sul - Brasília -DF.
Telefone: (61) 3443-1623

SP ganha primeiro centro para dependentes que funciona 24 horas

Foi inaugurado na última semana na Sé, região central da capital paulista, a primeira unidade de saúde específica para pacientes dependentes que funcionará 24 horas por dia. O modelo de atendimento criado pela Secretaria Municipal de Saúde é inédito.
Até o final do ano, será expandido para toda a cidade. “Já temos planejados outros seis centros com atendimento 24h, que devem ser implantados um em cada região de São Paulo”, afirmou Rosângela Elias, coordenadora da área técnica de saúde mental da secretaria. “O perfil de atendimento é para socorrer os pacientes que têm crises no período noturno, sem a necessidade de enfrentar o trauma e o estigma de uma internação em hospital, seja psiquiátrico ou a geral.”
Chamada de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), a primeira unidade 24 horas entra para o rol, ainda restrito, de postos públicos para acolher os dependentes químicos. Só na capital paulista, estima a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 1,1 milhão de pessoas sofrem do problema. Inicialmente, serão seis leitos para o acolhimento durante à noite de pacientes em crise. Fonte: Agência Estado.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Comissão de Direitos Humanos faz vistoria no Hospital São Vicente de Paula

Uma denúncia sobre as condições precárias no Hospital São Vicente de Paula, em Taguatinga Sul, levou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF até o local, nesta manhã (9/1). Segundo a reclamação, cerca de 14 pacientes com transtornos mentais estariam dormindo no chão por falta de leitos. A visita também contou com a presença dos Conselhos Regionais de Medicina e de Psiquiatria e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do DF (OAB-DF). Foram pouco mais de uma hora de vistoria. Representantes da OAB-DF, dos Conselhos e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputada distrital Érika Kokay, percorreram cada cômodo do prédio. Funcionários, pacientes e o diretor da unidade, Ricardo Lins, também foram ouvidos. Durante a visita, uma mulher foi encontrada dormindo em um colchão no chão. Lins afirmou que a paciente teria tirado o colchão da cama, no entanto, acabou admitindo a falta de leitos. “O problema se agrava porque pacientes de outras cidades procuram atendimento aqui, o que termina inchando o sistema no DF”, justificou o diretor. Nesta manhã, na emergência faltavam cinco leitos para atender a demanda. De acordo com funcionários esta é uma situação corriqueira. O diretor do hospital ainda disse que o trabalho da unidade já esteve bem pior. Atualmente, o São Vicente de Paula tem 83 leitos. Mas, segundo ele outros 30 devem ser inaugurados ainda este ano. “Nós não tínhamos sequer roupas de cama”, afirmou. Na avaliação de Érika Kokay, a falta de medicamentos e de uma equipe efetiva também tem prejudicado o tratamento dos internos. “Um único hospital não pode atender todo o DF. O certo seria que cada cidade tivesse sua clínica. A legislação exige que onde tiver 200 mil habitantes deve existir um Centro de Atenção Psico-Social (CAPS)”, defendeu Kokay. A deputada ainda lembrou que foram cinco anos de luta para que o hospital conseguisse chuveiros elétricos, roupa de cama e a reforma do teto. “Só em Ceilândia deveriam ter 10 Caps”, completou. OrçamentoA deputada ainda criticou a verba destinada a pacientes psiquiátricos. “Hoje o DF tem disponível R$ 700 mil. É um valor irrisório e que não consegue resolver os problemas. Comparado ao valor destinado a publicidade é insignificante”, criticou. Kokay ainda mandou um recado “A Secretaria de Saúde precisa acabar com o gerúndio. Em resposta aos nossos questionamentos é sempre ‘Estamos fazendo ou providenciando e nada é feito”. O representante da OAB-DF, Olavo Viana, disse que irá preparar um documento e encaminhar a Secretaria. Kokay informou que solicitará um encontro também.
Fonte: Correio Brasiliense. Acessado em: 09/02/2009 14:03.
Veja o vídeo sobre o mesmo assunto: CLIQUE AQUI!

Governo estuda flexibilizar tratamento a usuários de drogas

O governo federal avalia a hipótese de flexibilizar o tratamento dado aos usuários de drogas no país, reduzindo a repressão policial e ampliando as alternativas destinadas aos programas de saúde para os dependentes químicos.O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), no entanto, afastou nesta quinta-feira a possibilidade de o governo liberar o uso de drogas no país. Ele admitiu ainda que a questão é polêmica e envolverá vários debates sobre o tema."Isso não tem nada que ver com a ideia de liberou geral ou droga é ótimo e faz bem para saúde", afirmou Minc. Além dele, participam da discussão sobre o assunto os ministros Tarso Genro (Justiça), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e José Gomes Temporão (Saúde).Segundo Minc, na próxima semana, os quatro ministros se reunirão para discutir o assunto e buscar uma definição sobre o tema. "[O objetivo do debate] é como se enfrentar isso e de forma eficiente. O tipo de enfrentamento baseado na questão policial não tem resultados, gastam-se fortunas, os Estados Unidos, por exemplo, gastam mais de US$ 100 bilhões de dólares e cada vez tem mais usuários e traficantes. A nossa interpretação é que se resolver com apenas repressão não gera efeitos. É um assunto controverso", disse.Para Minc, a questão sobre o uso e consumo de drogas deve ser conduzida pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, o ideal é realizar campanhas de prevenção e esclarecimento e estabelecer sistemas para o tratamento de dependentes químicos."Hoje em dia você tem pouca informação, pouca prevenção e poucos programas para pessoas que são realmente dependentes e há uma visão de que você vai resolver um problema de dependência única e exclusivamente por meio da polícia", disse o ministro. "Não pode ser assim."Ele afirmou que o sistema que será adotado pelo governo federal ainda não foi definido. Para ele, os eixos devem ser mudanças na legislação para impedir extorsões e chantagens aos usuários e suas famílias, decretos que normatizem o que já está na lei e mais as campanhas de esclarecimento."Nós temos uma concepção que o consumo de drogas é mais uma questão de saúde pública do que assunto de polícia", disse Minc. "Muitas vezes as famílias dos consumidores e dependentes são objeto de extorsão, isso não é surpresa." Disponível em 05/02/2009 - 14:37. Acessado em http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u499337.shtml - Folha Online.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O CRACK CHEGOU EM BRASÍLIA

Não podemos comemorar a frase a cima, tão pouco soltar fogos de artificio, pois não se trata de uma nova contratação dos times de futebol de Brasília. Ao contrário estamos falando do que há de mais devastador no universo das drogas ilícitas, se é que exista algo que não seja ruim neste campo.

Lamentavelmente, na geografia da droga o que era conhecido apenas por usuários de alguns poucos estados brasileiros, a exemplo de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, a médio prazo vem se espalhando por todo pais – e Brasília não ficou de fora.

A potencialidade desta droga causa perplexidade a todos por sua voracidade e grau de dependência ao usuário habitual, impactando sobre maneira toda sua família e sua rede social.

As matérias sobre o tema publicadas nos jornais locais, tem alertado para o advento desta droga em nossa cidade, vindo ao encontro do que há tempos tem sido constatado nos consultórios e centros de tratamento que atendem dependentes químicos.

Obviamente que estamos falhando na prevenção, no entanto, para piorar o cenário, depara-se com total ausência de políticas públicas que possibilitem o atendimento adequado a dezenas de dependentes e seus familiares.

Para quem não sabe, a capital federal conta apenas com dois centros de atendimento governamentais para atender a essa clientela, o que seguramente não é o mais adequado haja visto a população do DF e entorno, e, como bem tem sido divulgado, a cada dia mais e mais pessoas tem acesso a esta droga e por consequente os que decidem buscar apoio terão dificuldades.

Longe de uma solução, toda semana a mídia divulga a maior apreensão de crack, mostrando quão difícil é combater sua oferta e assim, infelizmente, muito ainda será mostrado desta cruel e triste corrida pelo prazer.

Ao encontro desta previsão, segundo dados do Relatório Mundial sobre Drogas do UNODC – Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime, divulgado no dia 26 de junho de 2008, o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína das Américas, com 870 mil usuários, ficando atrás apenas do Estados Unidos.

Por outro lado, as pesquisas domiciliares realizadas no Brasil revelam que o consumo entre pessoas de 12 a 65 anos aumentou de 0,4% da população em 2001 para 0,7% em 2005. A mesma pesquisa, aponta que o uso da cocaína está presente na faixa etária entre os 12 e 17 anos, com 0,5% dos entrevistados e atinge um máximo na faixa dos 25 e 34 anos, com 5,2%.

Assim, como podemos perceber, acreditamos que as pessoas adoecidas tem sido reféns não só do tráfico de drogas, mas da inexistência de programas que as assistam neste momento de sofrimento, pois só quem vive ou viveu este drama sabe o quanto é penoso reverter este quadro, onde as sequelas e perdas são inevitáveis e sair vivo é um excelente negócio.