Uma denúncia sobre as condições precárias no Hospital São Vicente de Paula, em Taguatinga Sul, levou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF até o local, nesta manhã (9/1). Segundo a reclamação, cerca de 14 pacientes com transtornos mentais estariam dormindo no chão por falta de leitos. A visita também contou com a presença dos Conselhos Regionais de Medicina e de Psiquiatria e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do DF (OAB-DF). Foram pouco mais de uma hora de vistoria. Representantes da OAB-DF, dos Conselhos e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputada distrital Érika Kokay, percorreram cada cômodo do prédio. Funcionários, pacientes e o diretor da unidade, Ricardo Lins, também foram ouvidos. Durante a visita, uma mulher foi encontrada dormindo em um colchão no chão. Lins afirmou que a paciente teria tirado o colchão da cama, no entanto, acabou admitindo a falta de leitos. “O problema se agrava porque pacientes de outras cidades procuram atendimento aqui, o que termina inchando o sistema no DF”, justificou o diretor. Nesta manhã, na emergência faltavam cinco leitos para atender a demanda. De acordo com funcionários esta é uma situação corriqueira. O diretor do hospital ainda disse que o trabalho da unidade já esteve bem pior. Atualmente, o São Vicente de Paula tem 83 leitos. Mas, segundo ele outros 30 devem ser inaugurados ainda este ano. “Nós não tínhamos sequer roupas de cama”, afirmou. Na avaliação de Érika Kokay, a falta de medicamentos e de uma equipe efetiva também tem prejudicado o tratamento dos internos. “Um único hospital não pode atender todo o DF. O certo seria que cada cidade tivesse sua clínica. A legislação exige que onde tiver 200 mil habitantes deve existir um Centro de Atenção Psico-Social (CAPS)”, defendeu Kokay. A deputada ainda lembrou que foram cinco anos de luta para que o hospital conseguisse chuveiros elétricos, roupa de cama e a reforma do teto. “Só em Ceilândia deveriam ter 10 Caps”, completou. OrçamentoA deputada ainda criticou a verba destinada a pacientes psiquiátricos. “Hoje o DF tem disponível R$ 700 mil. É um valor irrisório e que não consegue resolver os problemas. Comparado ao valor destinado a publicidade é insignificante”, criticou. Kokay ainda mandou um recado “A Secretaria de Saúde precisa acabar com o gerúndio. Em resposta aos nossos questionamentos é sempre ‘Estamos fazendo ou providenciando e nada é feito”. O representante da OAB-DF, Olavo Viana, disse que irá preparar um documento e encaminhar a Secretaria. Kokay informou que solicitará um encontro também.
Fonte: Correio Brasiliense. Acessado em: 09/02/2009 14:03.
Veja o vídeo sobre o mesmo assunto: CLIQUE AQUI!
Espaço de reflexão sobre a prática e o cotiano das diferentes categorias profissionais que atuam na área da dependência química do DF, dedicado a produção de textos políticos independente e outros argumentos livres(quiçá da repressão e opressão).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é importante para nós