Bem oportuna a matéria intitulada "A droga que descobriu o Brasil", publicada no CB do dia 25/11 último, descrevendo com clareza o que há de mais devastador no universo das drogas ilícitas, se é que exista algo menos ruim neste campo. Lamentavelmente, na geografia da droga o que era conhecido apenas por usuários de alguns estados brasileiros, em médio prazo vem espalhando-se por todo pais, chegando até mesmo à pequenos municípios. A potencialidade desta droga causa perplexidade a todos por sua voracidade e grau de dependência ao usuário, impactando sobre maneira toda sua família e sua rede social. As matérias publicadas sobre o tema, tem alertado para o advento desta droga em Brasília e Entorno, vindo ao encontro do que há tempos tem sido constatado nos consultórios e centros de tratamento que atendem usuários e dependentes de drogas. Longe de uma solução, toda semana a mídia divulga a maior apreensão da droga, mostrando quão difícil é combater sua oferta e assim. Infelizmente, a previsão é a de que muito ainda será mostrado desta cruel e triste corrida pelo prazer. Obviamente que estamos falhando na prevenção, no entanto, para piorar o cenário, depara-se com total ausência de políticas públicas que possibilitem o atendimento adequado a dezenas de dependentes e seus familiares. Para quem não sabe, a capital da república conta apenas dois centros de atendimento governamentais para atender a essa clientela, o que, seguramente, não é o mais apropriado haja vista a população do DF e Entorno. E, como bem divulgado, a cada dia mais e mais pessoas têm acesso a esta droga e, por conseqüente, os que decidirem buscar apoio terão dificuldades. Desta forma, acreditamos que as pessoas adoecidas têm sido reféns não só do tráfico de drogas, mas da inexistência de programas que as assistam neste momento de sofrimento. Só quem vive ou viveu este drama sabe o quanto é penoso reverter este quadro, onde as seqüelas e perdas são inevitáveis e sobreviver será um grande negócio.
Espaço de reflexão sobre a prática e o cotiano das diferentes categorias profissionais que atuam na área da dependência química do DF, dedicado a produção de textos políticos independente e outros argumentos livres(quiçá da repressão e opressão).
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