sexta-feira, 11 de junho de 2010

CAPSad Guará - Eterna dificuldade na atenção ao Dependente Químico

Para se ter uma ideia de como anda o descaso com a atenção ao dependente químico no Distrito Federal, um dos poucos serviços existentes - em funcionamento há seis anos no subsolo do Centro de Saúde - CS N° 2 do Guará I - vem sofrendo, dessa vez, com a falta de vigilância no local. O abandono com aquele importante serviço chega as beiras do absurdo, vez que para o CS o serviço de vigilância funciona normalmente e o patrão é o mesmo.

A ida do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) para este local foi acertado como algo provisório, mas já funciona dessa forma há seis anos, onde com frequencia uma nova crise surge, refletindo para todos que precisam do serviço. Ora é a falta de material de limpeza, ora a instabilidade do quadro de pessoal, ora atraso no pagamento, etc sem falar na ausência de uma política de treinamento e atualização técnica dos profissionais.

Dessa vez, os funcionários do (Caps-AD) do Guará II estão se sentindo inseguros e amedrontados. Desde 12 de abril os 14 funcionários da saúde no local, a maioria mulheres, que fazem cerca de mil atendimentos de dependentes químicos por mês, estão sem vigilante. A situação é semelhante a de outros locais do Distrito Federal que eram atendidos pela empresa Santa Helena Vigilância. O contrato foi rompido por suspeita de irregularidades em fevereiro deste ano e não há previsão de nova licitação.

"Estamos preocupadas. Só temos dois funcionários homens, que trabalham três vezes na semana. Diariamente atendemos pessoas com dependência química grave e muitos chegam sob efeito da droga, violentos, nervosos. É impossível trabalharmos sem um segurança", afirma uma das funcionárias do local, que não quis se identificar.

O Caps-AD do Guará atende pessoas de todo o DF e Entorno. Existe outro centro de atendimento para os dependentes químicos, em Sobradinho II, mas o maior volume de atendimentos é no Guará.

"Como fomos os primeiros e muita gente veio inicialmente para cá, acabaram não mudando. São quase 1.600 pacientes ativos. Já temos dificuldade de trabalhar por falta de pessoal, agora com essa questão da segurança, está impossível", conta outro funcionário do local, que também não quis dizer o nome.

O Caps-AD oferece diferentes tipos de atendimento, todos voltados para reabilitação da dependência do uso de álcool e outras drogas. Diariamente há atividades terapêuticas, nas quais os pacientes ficam o dia todo desenvolvendo atividades manuais, psicossociais, terapia em grupo, entre outras. Há ainda atendimentos emergenciais e consultas com psiquiatras e psicólogos.

O Caps-AD funciona onde era os porões de uma área do Centro de Saúde (CS) II do Guará, que por sinal funciona normalmente com os vigilantes fazendo a proteção do local, porém são contratado por outra empresa. "Não entendemos o motivo disso. Viemos para cá provisoriamente, isso já dura seis anos e nem a segurança é integrada", revela uma das perseverantes funcionárias do CAPSad GUARÁ.

Fonte: Jornal de Brasília

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